quarta-feira, 26 de maio de 2010

Agonia e Solidão

agonia e solidão - dor e ilusão

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Uma mulher e uma bonequinha do exército

A vida passa e, numa dessas quebradas, vem um desses malditos artistas contemporênaos e seus aparelhos portáteis malditos de gravações malditas e toscas para interromper seu curso. Uma cidadã não pode nem exercer sua profissão sem ser ofendida por essa maldita videoarte?

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Café com Biscoito

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O pobre profeta da desgraça

Acho que já cheguei longe demais
Pra um pobre e sujo menino catarrento, fiz façanhas
Cheguei longe mesmo, pois atravessei as montanhas sozinho
Passando fome e passando frio.
Dormindo emaranhado à solidão.
Mas foi tudo capengando.
Já disse e repito.
Minhas lágrimas mostram mais uma vez
Sozinho, não consigo
Eu repito mais uma vez
Sozinho, não consigo.
Já disse isso várias vezes olhando em vários olhos
E suplicando favorzinhos.
Minhas súplicas não valeram a preocupação dos outros
Pelo menos foi o que me mostraram.
Estão mais preocupados com seu lanchinho diurno e sua dor de dente.
Saio pra rua. Grito mais alto.
Hey! Sozinho, não consigo, preciso de ajuda.
Mas agora não sou tão humilde assim.
O opróbrio, também, já passou da conta, né!
A vida nem me recompensou pelas bondades que fiz.
Pelo contrário, a cada dia me dava mais socos na cara.
Pois bem, não me importo mais.
Que Deus derrame todo seu descaso sobre suas tribulações
E que chore todos os dias, depressivo e doente,
pequeno e tão insignificante diante de seus problemas.
Eu limpo meus pés e tiro a poeira do seu quintal
que impregnou em meus sapatos.
Espero que ela mate sua fome e cubra sua desgraça.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Uma coxa e Eu

Fome e imaginação: a universidade da loucura.

sábado, 1 de maio de 2010

Uma Pêra e Uma Manga

em busca de felicidade

Como barata

Cheguei de frente ao portão. Senti um perfume diferente. Se misturava ao doce cheiro da Dama da Noite, vindo do quintal vizinho. Pé carregado de carambolas. Entrei silencioso como pisaduras de gato, ou rastros de rato traiçoeiro. Saí no cano da pia da área de serviço. Esquisito que me lembrei da misteriosa princesa Ana, que guarda seu jardim a sete chaves no seu umbigo, detrás do muro. Me lembrei da sã e pura criatura que espia as flores dela, as criando em pensamento. Divaguei, apenas com a cabeça do lado de fora. Ah se alguém desse descarga. Saí do ralo, já seco e só molhado de suor. Virei a tramela da porta, cheguei na copa, engoli seco, peguei ela lá: abusando de um homem barbudo. Ele jazia de quatro com o nariz tapado, fungando como touro, mas dominado pelo ferro no nariz. Meti o pé nitudo quanto fosse traseiros que estava ao meu alcance. Acabei com a bagunça. Onde se viu, fazer eu mesmo dono de minha casa entrar nela pelo cano? Como barata!