terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Instinto Incontente

Vivo fim da manhã de tênis apertado
Vive um pássaro, cantante, encarcerado
Vive Compondo um canto amargurado
Telhados e fachadas não pode mais sobrevoar
Faltou lhe os galhos que a vida resolveu podar
Sem essa possibilidade
De instinto incontente, se alvoroçou a alma
Engatilharam-se as asas
Arregaçou o peito
Num impulso, meio sem jeito
Arrebentou a gaiola
Resolveu voar