sexta-feira, 22 de maio de 2009

Inerte como as aspas e as idéias dos idiotas




Ei. Sou muito mais que as músicas que eu canto e gravo pra eu mesmo ouvir. Sonho coisas grandes mesmo. Pra você pode parecer impossível, mas pra mim são apenas grandes. Fotografe sua expressão quando me ver realizando-as. Vai ser mais um motivo de felicidade. O que posso fazer se não correspondo à sua maldade? O que posso fazer se em vez de responder sua ação com uma reação, eu invento outra ação e faço diferente? Não sou culpado por não ter em mim o mesmo teor de mediocridade que viaja em suas veias. Você só conhece minhas dores por que fui transparente. Pensa que não sei o que te estremece os ossos e desmascara esse sorrisinho amarelo? O que posso fazer se pendurei uma boneca de pano, loira, no espelho do quarto, vestida de azul com um bilhete pregado em suas mãozinhas de espuma dizendo que me ama? Gosto de coisas pouco gostáveis mesmo, mas saborosas. É um prazer. Ando no sentido contrário. Olho diferente. Acredito em outras coisas. Posso me dar mal? Sim, mas quando isso acontecer e se por acaso eu me cansar de andar certo, me torno como você. Inerte, como as aspas que garantem qualquer idéia de qualquer imbecil. Uma merda qualquer. Te amo.